Quid Iuris?

Proibido proibir!

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Sunday, November 18, 2007

Those were the days...


Há dias em que não. No entanto, há outros dias em que percebo e sinto muito nitidamente como sou uma pessoa estranha. Hoje é um desses dias. Ontem também foi, mas por outros motivos. Hoje porque dei por mim a ouvir musicas dos anos 40 e a sentir umas saudades tão grandes de velhos tempos. Tempos de glamour e vestidos de cauda e roda. Tempos de musicas amorosas até ao enjoo, mas cândidas, como a realidade nunca foi depois da expulsão do Éden. Tempos em que o rapaz sempre ficava com a rapariga e cada beijo tinha banda sonora. E depois do THE END nada mais havia na nossa imaginação do que a felicidade total. Saudades de um tempo que nunca foi meu. Há coisas estranhas não há?
como diria Archie Bunker...
Boy the way Glen Miller played
Songs that made the hit parade.
Guys like us we had it made,
Those were the days.
And you knew who you were then,
Girls were girls and men were men
Those were the days

Resistindo à chegada do inverno

Hoje queria sugerir-vos "Sunday Morning", mas o Franscisco Amaral teve a mesma ideia, por isso vou remeter-vos para www.intima.blogspot.com


Ah, se eu tivesse acordado mais cedo agora seria ele a falar em mim!
Next time, Francisco...next time....

Saturday, November 03, 2007

Declarações de amor

Descontraída
"pa...tu sabes que eu te curto bué"


Daltónica
"tu dás cor à minha vida"


Nojenta
"Obrigado por teres tirado esse pus chamado solidão que infectava a minha alma"


Obesa
"Adoro-te, minha bonequinha da michelin"


Depressiva
"Eu sei que não gostas de mim como eu gosto de ti, mas só queria que soubesses que gosto de ti, mesmo assim"



Parasitária
"És o sol da minha vida e eu serei sempre uma sombra que vive da tua luz"


Futurológica
"Eu sei que um dia vais gostar de mim como eu gosto de ti"


Matemática
"Eu mais tu igual a amor elevado ao infinito"


Nerd
"Eu mais tu igual a amor elevado ao infinito"


Infantil
"Assim que te vi, PUFF e fez-se o chocapic"


Selvagem
"tu, eu, miauuuuu"


Musical
----censurada pelos vizinhos que não apreciam serenatas às quatro da madrugada e que vão chamar a polícia se voltar a acontecer, os sacanas!----


Pornográfica
"Eu tchi amo sua cachorra, vagabunda, piranha...


Assustadora
"amo-te"

passou-me a vida diante dos meus olhos

Aquele momento em que o teu cabelo se estendeu como uma cortina dourada sobre os meus olhos, cobrindo a minha mente, para sempre. Para nunca mais poder ver outras...
Aquele preciso instante em que o teu sorriso se derramou sobre a minha alma e eu mergulhei, corpo inteiro, nessas vagas de cor que me levavam para lá, para cá, para onde quiseres.
Aquele em que me matas e me dizes "bom dia"...sim! um dia excelentemente bom!
Seguido daquele momento em que te deixo ir e continuar a andar, e continuar a viver sem nunca saber que te amei, naquele momento... e talvez para sempre.

Coisas ridículas

Não dormi muito. Nunca o corpo se habituou a dormir mais do que o necessário para manter-se desperto. Mais tempo do que o necessário é aquele momento preciso em que parecia que a almofada me sofoca e quer engolir-me a cara. Ridículo. Até aqui.

"Sempre ridículo! Nunca és capaz de ter uma reacção normal, como as pessoas normais... sempre a dizer a coisa errada, como se as palavras para ti significassem coisa diferente... é por estas e por outras que me vou embora."

Quais outras? Havia outras? Porque não me disseste que havia outras? Não acho bem que me atires assim a bagagem quando sabes que não tenho mãos para apanhá-la. Vais embora...

Então a mala nova, não foi comprada só porque te pareceu boa ideia aproveitar a promoção.
Então os telefonemas não eram para a tua mãe que parecia adoentada da última vez que a viste.
Então não tinhas trabalho no escritório para acabar com a máxima urgência.
Então havia outras e eu sou ridículo como as minhas palavras.

"Não... não faças isso. Estás maluco?Onde foste buscar essa arma? Tu nunca gostaste de armas. EStás maluco? Não vais matar-me. Tu sabes que sempre gostei de ti, mas já não era a mesma coisa. Não sou a pessoa certa para ti. Não vês? Nunca seríamos felizes, já não o éramos! Guarda essa arma..."

Tens razão. Sou realmente ridículo. Mas tu também és. Nunca gastaria uma bala contigo, assim como nunca gastei as minhas palavras contigo. Porque são ridículas e tu nunca as compreenderias. Não tenhas medo. A arma é para ti. Quando falas, a tua voz fere e as tuas palavras matam tudo o que há de melhor em mim. Leva esta arma. A partir de hoje, dispara em vez de falares, mas faz tanto uma como outra bem longe de mim.

Vou procurar uma mulher ridícula que goste de homens ridículos que dizem palavras ridículas.