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Tomava um banho de água fria porque pensava que assim lhe saberia melhor o calor da cama acabada de mudar, dos lençóis a cheirar a flores do campo, que cheiram mais do que as flores da cidade que só cheiram a erva.
Secou o cabelo com uma toalha, saiu da banheira e foi secando o corpo com cuidado para não molhar o chão. Ia limpar as costas quando sentiu, na parte de trás do pescoço, que a toalha se prendia em alguma coisa. Assustou-se. Correu para o espelho, mas nada mais via que não a própria cara. Foi buscar um outro mais pequeno e colocou-o em posição oposta ao maior para conseguir ver o pescoço e viu que afinal era só o seu botão on/off.

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Ponto.

Há pessoas que são feias em comparação com outras pessoas.
Há pessoas que são feias. Ponto.

Coisas lindas em pequenas doses

Ultimamente têm nascido muitos bebés.

Nenhum deles é meu.

Tudo está bem com o mundo.

Diz a verdade: Consegues resistir-me?

Micro ou Macro...eis a questão

A Economia agora passou a ser uma questão de opinião.

Para uns, o copo está meio cheio.

Para outros, o copo está meio vazio.

Pessoalmente, gostaria que arranjassem mais copos.

Problemas mentais

Há alturas em que consigo o total e absoluto silêncio dentro da minha imaginação. Calam-se todas as vozes e todas as personagens que poderiam suspirar. É nesses momentos que penso em tudo o que poderia ser dito, se não desejasse o silêncio.

Ser humano

"Caio é homem.


Os homens são mortais.


Caio é mortal.





Aquele raciocínio parecia-lhe exacto quando se tratava de Caio, mas não quando se tratava da sua própria pessoa. Era caio, um homem em geral, e tinha que morrer. Mas ele não era Caio, não era um homem em geral; era um ser à parte, totalmente à parte dos outros seres. (...)

Caio é com efeito mortal, e é justo que morra. Mas eu, Ivan Ilitch, com todos os meus pensamentos, todos os meus sentimentos- é coisa completamente diversa. É impossível que eu tenha de morrer. Seria horrivel demais."


in A morte de Ivan Ilitch, L. Tolstoy.

Vêm aí as eleições

O tesouro

Sempre que vejo um incêndio que ameaça casas, fico a pensar no que faria se fosse minha aquela casa a ponto de arder. Se algum dia for morar em zona de catástrofe a primeira medida será arranjar um plano de emergência para evacuar os meus livros! Os meus livros não!