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Friday, March 24, 2006

A vida real


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Há pessoas que gostam da vida real.Mas a vida real como ela é, com as suas nódoas, os seus maus cheiros, as suas pessoas detestáveis, os seus palavrões, enfim...a vida real como ela é (o dia a dia! caso a caso!).

Eu não sou uma dessas pessoas. Não vou sequer tentar explicar porquê. A verdade é que não interessa mutio também saber porquê. Mas isso não impede que sinta...curiosidade, sim, curiosidade sobre essas pessoas que gostam da vida real. Gostam de lhe ver os maus odores, de lhe cheirar as fétidas nódoas, de lhe conhecer as detestáveis figuras, de lhes conhecer as existências parvas.

É por isso que essas pessoas gostam de ver certos programas de televisão, certos sites da internet, ler certas revistas, enfim...até ouvir certas músicas. É daí que vem a atracção pela pimbalhada, pelas novelas hiper-chorosas. E são essas pessoas que nos fazem ter que ver cenas eventualmente chocantes quando não estávamos de sobreaviso. É uma espécie muito particular e cruel de violência de que me sinto ultimamente vítima.

Fui comprar o jornal, vejo uma revista com mãe e filha na capa, prometendo mostrar-me coisas que eu nunca, nos meus piores pesadelos, pensei ver.

Estou a ir para a universidade e vejo várias, não uma, não duas, mas várias pessoas, homens e mulheres, a desentalar a cueca!! Em alguns casos até se ouve o estalido do elástico, para coroar a festa.

Estou a fazer compras, vejo uma pessoa (não dava para ver pela roupa se era homem ou mulher, benvindos ao século XXI), de rabo virado para a prateleira a que precisava de aceder para tirar o meu pãozinho e logo fiquei a pensar duas vezes tal foi susto que apanhei a ver que metade do rabo estava fora das calças e ainda por cima era uma tanguinha. Ah, mas então era mulher! Pensam vocês! É que eu nao fiquei para descobrir dada a camada de penugem à la toni ramos que ali havia! Ah pois é, meus amigos! a vida real é cruel e cria em nós traumas que, dificilmente, se apagarão.

O que vale é que existe a literatura...essa sim é a vida real em que eu vivo.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Infelizmente, é na realidade que estamos submersos; a Arte: a Literatura, a Música, a Pintura, a Dança, isso sim, são so escapes para os "Universos Paralelos", não Paraísos Artificiais, mas aquilo que é nosso, o "nosso Jardim Secreto", donde temos de sair para podermos comer.
A realidade é algo em que temos de viver para nos podermos escapar, furtiva e rapidamente para a nossa querida fantasia.
Joaquim

2:31 PM  

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