Diálogos impossíveis

Uma história contada por um homem:

"Estava no carro, parado no semáforo, aparece um puto de bicicleta que se atravessa à minha frente e lança-se ao sinal ainda vermelho, mas vá lá que ficou verde e não houve estragos. Tava a ver que o puto matava-se e a quem vinha do outro lado também."




Agora a mesma história contada por uma mulher:

"Adivinha o que aconteceu hoje!! Dou-te três hipóteses...não consegues? Ai, foi demais! Até agora tremo toda só de lembrar o que aconteceu que me ia dando uma coisa, a sério! Então não é que eu vinha de casa da minha mãe, que lhe fui levar umas coisas que ela me tinha pedido já da outra vez que tinha vindo cá, mas eu nunca mais tive tempo de lhe ir lá levar por causa dos miúdos que tão sempre a inventar coisas que têm que ir a casa deste e daquele e lá tenho eu que andar a fazer de motorista, mas enfim...e depois, chego lá e ela ainda se começa a queixar que nunca lá vou e que não telefono...quer dizer...enfim...MAS, voltando ao assunto...estava no carro, parada no semáforo ali no cruzamento entre a nossa casa e a da Paula, quando se vai pra...sim...isso, e estava eu parada no semáforo, por acaso até estava a dar aquela música tão gira que ouvimos em casa do Pedro, no outro dia que tu até perguntaste quem era o grupo, lembras-te? Pois, e eu tava ali, nas calmas a ouvir a musica...




Se for um homem, terá lido as primeiras linhas e passado imediatamente para aqui porque...bem...sabemos porquê.

Se for mulher ficará extremamente desapontada porque ficou sem saber o resto da história.

Se for homem e tiver ficado desapontado com a falta do final da história...bom... preciso mesmo dizer mais alguma coisa?

Está frio lá fora

Levantou-se da cama demasiado cedo. Ainda o sol mal despontava, pouco movimento se sentia na rua. Mas já estava acordado havia algum tempo. Estava ocupado a pensar em como iria dizer tudo o que tinha que ser dito.

Pensou em usar as linhas clássicas, o apelo ao coração, depois à razão e, se tudo o resto falhar, à lógica.

Levantou-se da cama e começou a vestir-se. Mal começara a pegar nas roupas e já as sentia no corpo. Tudo parecia acontecer bem mais depressa e mais facilmente do que tinha antecipado. Imaginou que fosse muito mais difícil, com mais entraves, com mais perguntas, com mais lágrimas, com mais frio, com mais daquilo que sobra depois do amor.

Mas não. Só uma pergunta.

"Onde vais?"

E só uma resposta.

"Não sei."

Silly Country

Estamos no outono e, no entanto, a silly season continua e promete presença reforçada.
A televisão continua com novos programas ridículos e directos ocos.
Os políticos demonstram um afastamento ainda mais deprimente da realidade. Ao que parece, agora vivemos num universo paralelo.

O Menezes que antes foi apupado às lágrimas, agora é o líder do partido.
O Santana que antes era o boémio, agora é o que põe o pessoal na ordem.
Os da direita viraram à esquerda para poder fazer oposição.
Os da esquerda viraram à direita, com defesa da propriedade privada principalmente quando nela estão plantações de milho...
Os jogadores é que acalmam os treinadores.
Os suspeitos é que mandam nos polícias.
OS presos andam livres e as vítimas escondem-se em casa.
Cruzes suásticas são pintadas em cemitérios judeus por pessoas que não acreditam que houve Holocausto.
Ah...e o Cristiano Ronaldo escreveu OUTRO livro...ainda com mais fotos que o anterior, deixando apenas espaço para o título e a tiragem.

A única coisa que me assegura que ainda tenho o mesmo chão debaixo dos pés, que me dá, enfim...alguma segurança, é ver que os portugueses continuam iguais a si mesmos, por este pequeno exemplo de um testemunho dado por um senhor que saiu de casa para ir visitar o Palácio de Belém. Perguntam-lhe em directo na tv, o que tinha achado do Palácio, da visita guiada por Sua Excelência o Senhor Presidente da República Portuguesa, no dia da República e este senhor, deixa esta pérola preciosa:
- "é só mais um jardim para ver"

todos buscam a prisão de uma mulher

- I love you!

- I love you too!

- Don't ever leave me...

coes I would find you...

E Lembram-se dos Frankie Goes to Hollywood?

I'll protect you from the hooded claw

Keep the vampires from your door

When the chips are down I'll be around

With my undying, death-defying

Love for you

The Power of Love

Too Sexy

Os anos 80 foram muito estranhos. Tenho a impressão que toda a gente era muito gay "e com muito orgulho!" Mas também tiveram coisas bastante razoáveis e outras até boas. E outras...na fronteira, mas incontornáveis, como acontece com aquela banda chamada Right Said Fred cujo maior êxito foi a música I'm Too Sexy, seguido de outros como Deeply, You're my Mate, Don't Talk Just Kiss, e, claro, Lovely...procurem no You Tube.

ir pra fora ca dentro

Vou entrar no YOU TUBE, não sei quando regressarei.

Silêncios que Matam

Nos países em que não há petróleo não choca ver pessoas a morrer, oprimidas e cativas.

Nos países em que não há petróleo não faz mal haver ditaduras horrendas que geração após geração sonegam ao mundo crianças e adultos, pessoas, mentes e almas, riqueza natural da Humanidade que nunca será aproveitada, cujas vozes nunca serão ouvidas pelos corredores da História, de quem nunca ninguém saberá o nome. Sombras no tempo, sem nome, sem rosto...se uma pessoa morrer na escuridão, será que realmente existiu?

Os países que não têm petróleo não têm nome, chamam-se apenas "A-Antiga-Birmânia".